Hoje, morre um
Amanhã, nasce um
Qual é o resultado dessa equação...
isso é uma soma ou uma subtração?
Sou péssimo em Matemática, portanto hoje fico por aqui...
buscando entender o que não pode ser entendido....
Afinal, morte é somar ou zerar?
O que eu sei sobre a morte é que ela é o sentido da vida, a única certeza. É aquilo que impulsiona as ações, vontades... a morte é o reflexo das ações, e sim, todos devem morrer algum dia. Só queria que todos morressem sorrindo e em paz.
(Vestindo luto; 22/03/2010)
in Manual de Aritmética.
segunda-feira, 22 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Quem sabe?
Dos meus dedos em movimentos
dedilhando o corpo escuro da noite
Das estrelas cortantes
rasgando minhas veias e jorrando meu sangue
Das sirenas nas ruas
atropelando pessoas, que agonizavam, atropeladas pelo tempo
De minha pele, desmanchando em vitiligo
como um camaleão se camuflando
Do meu cigarro
queimando a solidão de uma espera
Dos olhares, sobre mim, lançados
como grades cercando meus pensamentos
Da minha vida
que queria ser chamada de morte
Da minha morte
que queria ser chamada de liberdade
Da minha liberdade
que adotou o pseudônimo, loucura.
Quem sabe,
o que eu quero dizer?
quando na verdade não quero dizer, absolutamente, nada.
Isso não é prosa, nem poesia...
é apenas minha caixa de pandora
nada foi dito, são, apenas, palavras
um nada sobre o nada.
dedilhando o corpo escuro da noite
Das estrelas cortantes
rasgando minhas veias e jorrando meu sangue
Das sirenas nas ruas
atropelando pessoas, que agonizavam, atropeladas pelo tempo
De minha pele, desmanchando em vitiligo
como um camaleão se camuflando
Do meu cigarro
queimando a solidão de uma espera
Dos olhares, sobre mim, lançados
como grades cercando meus pensamentos
Da minha vida
que queria ser chamada de morte
Da minha morte
que queria ser chamada de liberdade
Da minha liberdade
que adotou o pseudônimo, loucura.
Quem sabe,
o que eu quero dizer?
quando na verdade não quero dizer, absolutamente, nada.
Isso não é prosa, nem poesia...
é apenas minha caixa de pandora
nada foi dito, são, apenas, palavras
um nada sobre o nada.
quarta-feira, 17 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Pela poesia de Rogério Skylab
NOVOS TEMPOS
Que tempos são esses ?
- perguntou-me a professora de filosofia.
Então respondi à minha maneira :
são tempos de pura sandice.
Só os loucos amam, professora.
Os outros trabalham,
à noite assistem televisão,
e depois dormem até o dia raiar.
Quando amanhece, voltam para o trabalho.
Enquanto eu durmo, sonho,
trepo e não gosto de trabalhar.
Esses são os novos tempos, professora.
Tempos de escrever como quem fala.
E não dizer absolutamente nada.
fonte: site oficial de Rogério Skylab
Um dos meus maiores ídolos. Talvez, minha principal influência, já que até o nome deste blogue vem de uma das músicas dele.
terça-feira, 2 de março de 2010
Girar-mundo
Envergonhado da minha natureza
como a menininha com sua primeira menstruação
acendo velas, num culto àqueles que se masturbam num rito de piedade
na cabala das esquinas e becos escuros
Enquanto o Sr. Moralidade abre a braguilha e põe sua filha no colo
Enquanto o sacristão come o meu filho, sem camisinha, sob os pés de Cristo
Enquanto deus, com sua roupa de diabo, tira suas merecidas férias, no inferno,
regadas a vinho e orgias sexuais
Emoldurado, numa das paredes do reino dos céus, os dogmas de uma estrutura opressiva
estão, nossos anjos, todos controlados
o perdão está em leilão
e as terras no céu foram desapropriadas
no lugar das belas mansões, que antes pertenciam aos fidalgos, serão construídos nosocômios
onde, hão de vagar, as almas, doutrinadas e febris, condenadas a eternidade
Agora,
o Sr. Moralidade abre o jornal
abaixa as calças, senta sobre a cloaca de seu banheiro esterilizado
e de tanta força que faz, para expulsar toda a merda de seu caráter, acaba por estourar suas hemorróidas
chora pelo ânus enquanto recolhe as pregas
pra continuar pregando.
como a menininha com sua primeira menstruação
acendo velas, num culto àqueles que se masturbam num rito de piedade
na cabala das esquinas e becos escuros
Enquanto o Sr. Moralidade abre a braguilha e põe sua filha no colo
Enquanto o sacristão come o meu filho, sem camisinha, sob os pés de Cristo
Enquanto deus, com sua roupa de diabo, tira suas merecidas férias, no inferno,
regadas a vinho e orgias sexuais
Emoldurado, numa das paredes do reino dos céus, os dogmas de uma estrutura opressiva
estão, nossos anjos, todos controlados
o perdão está em leilão
e as terras no céu foram desapropriadas
no lugar das belas mansões, que antes pertenciam aos fidalgos, serão construídos nosocômios
onde, hão de vagar, as almas, doutrinadas e febris, condenadas a eternidade
Agora,
o Sr. Moralidade abre o jornal
abaixa as calças, senta sobre a cloaca de seu banheiro esterilizado
e de tanta força que faz, para expulsar toda a merda de seu caráter, acaba por estourar suas hemorróidas
chora pelo ânus enquanto recolhe as pregas
pra continuar pregando.
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