quinta-feira, 14 de julho de 2011

Novo Som!

Música inédita, parte integrante do meu primeiro álbum, que está na fase de produção.

   Vinícius de Pax - Laços do Mundo Moderno by depax

Ficha técnica:
Vinícius de Pax - Letra, voz e violão
Ivan Barci - Baixo, Guitarra Base, Apito
Will Gonçalves - Saxofone
Rafael Morais - Guitarra solo
Bruno Trovão - Bateria
Manoel Percussa - Percussão
Talita G. - Backing Vocal
Uma produção: Estúdios Flagra - Ivan Barci
Contato: (11)4714 1417
e-mail: navidesign@ig.com.br

quarta-feira, 29 de junho de 2011

LUTO!

Este blog está morto
assim como eu,

assim, como minhas idéias
e
oscilações entre o gênio e o morno,
assim  como o pífio e o dispare,
despindo a escatológica membrana
criativa do meu ego

Minha poesia está morta,
assim como você, que a lê
finge que entende, engole a seco,
bate palmas
e
depois caga no meu soalho.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vício.

a acidez corrói os ladrilhos do esôfago
e reverbera soluços contidos na boca do estômago
foge num arroto e estremece a atmosfera

quem me dera?
desafogar na boca de lobo
o caminho cerrado
cortando os tendões e a espera
de quem come com terra sob a unha.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Rosas sobre a cama

ela dispunha rosas sobre a cama
e velas que inflamavam o quarto
acendiam as trancas do tesão
que ela sorria
linda e leviana
enquanto eu me insinuava
num silêncio bandido
de quem nunca havia visto
tão unica beleza
que seduzia e consumia
os minutos que passavam
como se fosse o fim do mundo
ou a flora das galáxias
no segundo em que ela abria-se botão
e gemia hispânica
eu espancava seus medos
e afugentava a timidez
do espartilho
e dos segredos
que revelavam
tão brilhantes
a mulher
dos membros
que gozavam cores
numa eterna ejaculação
dos fogos
freios
feras
e fezes
que trincavam
em amor
a porcelana.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sorriso banguela mordendo navalha

Latejavam as gengivas
que sorriam giletes
anestesias de conhaque
escorriam pelo cabelo
oleoso
e o olhos?
furados e pregados
na parede como moldura
de decoração gótica
o resto dos rostos
perfilados
perfumados pesadelos
que arrastavam o dia
no museu
macabro do cotidiano cinza
que escorregava disenteria
pelo grelo
e pelo sorriso banguela
que mastigava navalha.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Os pezinhos de Vera


Caia morangos
dos pés que
putrefaziam charminhos
nos olhares da cólera que
agasalhava o croquete de Vera
que via, primavera a primavera
vir e ir, na balsa de sua infância
e naufragar na fruteira
doida dos dias
sujos na saia de borracha
e saltos de agulha, que hibernaram
nas veias dos becos e bueiros
de uma nova
metrópole.

terça-feira, 29 de março de 2011

Adeus Lula

Morreu no último sábado (26) uma das mentes mais brilhantes da música popular brasileira, Lula Côrtes. O músico e poeta pernambucano construiu, ao lado de Zé Ramalho, um dos discos mais brilhantes de todos os tempos, o cultuado Paêbiru.

O que me deixa mais triste não é o fato de termos perdido Côrtes e sim o fato de ninguém nem ter percebido. Ninguém se deu conta de que, a marulhosa e única, mente de Lula foi pra nunca mais voltar. Enquanto a mídia repercute assuntos banais, diariamente, além de uma porrada de entretenimento de quinta, o gênio morreu no esquecido exílio dos grandes artistas brasileiros, os grandes artistas que ainda fazem alguma coisa nessa merda de nação valer a pena.

Contendo as lágrimas, encerro por aqui, triste e calado. Peço aos poucos que leem as porcarias que escrevo, para prestar homenagem ao velho Lula, com uma dose de conhaque e um cigarro. Sem mais. Descanse em paz, gênio, num lugar onde as almas geniais devem descansar, no limbo do lúdico. Espero que "qualquer dia desses a gente se encontre, pra bater um papo calmo, um papo calmo, pra ficar calmo".

links sobre o assunto:

videos:



segunda-feira, 28 de março de 2011

Eu volto!

Aos colegas, artistas da web, venho dizer que minh'ausência não é descaso, é falta de tempo mesmo. Assim, que as coisas acalmarem estarei de volta a publicar aqui e a frequentar os blogs preferidos. Pelo bem da nação e pela minha sanidade mental, diga ao povo que volto! haha.

beijos.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Simplesmente ela:

A voz fria de Bjork. Ela congela, desnuda, suga, entorpece e, por fim, mata. Bjork é carnificina pura, uma das figuras mais brilhantes do meio musical. Uma das vozes mais exóticas e cruéis da música. Uma das mulheres mais lindas do mundo. É pecado definir Bjork em palavras.
Dona de uma obra brilhante e consagrada (desde os Sugarcubes), figura enigmática e excitante. Porra! Bjork é Bjork e pronto!



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Caótica Ana

para Anita Mendes


dona de um sorrisinho bastardo
me engole feito gelatina
saio oleoso pelas suas ventas
suas predileções derradeiras
na beirada da gaveta
de calcinhas
a incógnita
Anita
prepara o cavalete
e me arrebata
perva
com o medíocre
da purpurina-pub
bêbada
transformista-satã
mija no meu colo
eu rasgo o crepom
e devoro
aquele mapa das rubéolas
de quem escreve como fala
ou
como geme.


Este poema é, simplesmente, a reflexão das palavras de minha amiga, Anita Mendes do blog Serendepities, em mim. Um poema pra transmitir as sensações que as palavras dela causam em mim. Uma singela homenagem.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

a arte de peidar em silêncio

pede a conta
com as moedas
no bolso carrega pente de revólver
adoça o álibi no cafézinho
Pufe!
dispara seco
cheirinho de verão
lavanda e árido.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

JARDIM DA EXPERIÊNCIA 2

Foto Por Antonio Carlos Zardos
Amigos, punheteiros e desocupados, trago-lhes mais uma flor psicodélica do meu jardim de experimentações. Lembrando-os, o jardim da experiência é a porra do meu ócio somado a minha cara de pau. Ou seja, musiquinhas gravadas de forma precária, com execução medíocre e sons da paisagem. Como tudo o que é publicado neste blog, um monte de nada, isso faz de mim um gênio. hahaha.

Enfim, esta canção se chama Dáralin. Minha musa, Dáralin, linda, linda, linda. Nesta canção utilizo, além do violão, gaita, harmônica de taças de vidro, um tambor velho e Campari com soda e gelo.

ps: Não sei tocar gaita, nem harmônica de taças... isso, também, faz de mim um gênio. hahaha.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Certa manhã acordei de sonhos intranquilos

Ao acordar
com sirenes de Kafka ao meu lado
pude notar que não era tão estranho
mesmo que não fosse nada além de lençóis
eu nasci ali, naquela cama
nasci assim, vivo assim
e provavelmente, não mude até morrer
conhaque, campari, cerveja
tomo porres, gosto da ressaca
engulo porra, odeio o gosto
sou inerte
indiferente e apático
nada me surpreende
não levo a sério
trabalho, faculdade, ideologia
gosto de fingir que sei das coisas
na verdade não sei de nada
mas, basta uma garrafa de vinho
daí eu falo, com propriedade
Hemingway, Dostoievsk, Nietzsche, Ginsberg, Bukowski
e todo mundo acredita
e eu sorrio, dono da verdade
por fim com minhas botas furadas
e minha camisa desbotada
fingindo ser beatnik
chego em casa, fumo um cigarro
me deito e o sono, de imediato, me derruba
noutro dia acordo
com a mesma dor de cabeça
e nenhum mar à vista
o almirante do concreto
o naufrago da cidade
a história se repete
Assim é, sempre foi
minha vida
tão chata e vazia
como a de todo o resto da humanidade.

(a única diferença é que eu me conformo)


Mais um ano que começa - 2011 - grande bosta, só régua pra medir tempo e contar horas. A gente só envelhece porque os homens querem assim. Nascer, crescer, reproduzir, morrer. hahahaha. Pra mim só falta o último estágio. Bem, de qualquer forma espero que as coisas mudem sempre pra melhor, isso é a evolução, ou Darwin não sabia de nada. Quero mais tempo com minha família e amigos, quero um milhão de porres, um penico de vômito, novo. Quero que morra bastante gente neste ano, o mundo tá cheio. E desejo a todos um grande ano, se não for tão grande, pelo menos maior que o outro, nada de paz, amor e saúde. Somente o suficiente.
Se os Maias e a mente fantasiosa dos seres humanos, estiverem certo, este é um dos nossos últimos anos. Eu quero mais é que essa porra se exploda e sobre apenas a minha casa e o bar do japonês, na esquina, pra eu ter onde beber.