Da desgraça
leprosa fecundação
dos pedaços que me tira, germina e cresce
parasita que deforma meu corpo e rouba meu sangue
aumenta meus seios, dilata minha vulva
um câncer que faz cair meus cabelos
Agora é a hora
em que me livro das dores
e dos horrores daquilo que o desejo não concebeu
o filho que o Diabo me deu
enquanto eu inocente buscava o prazer
Agora é a hora
em que escarro por entre minhas pernas
misturado em sangue e placenta
o pequeno monstro enforcado no cordão umbilical
4 comentários:
o processo foi uma dádiva que o corpo prescisava rejeitar... o nascimento uma prova de que tudo aquilo não foi en vão.
ps: violento;gostei!
beijos pra ti, paes.
Anita.
Porra, Paes, agora vc arrasou!! Me lembrou Curuminha de Chico. Tão forte, sangrento, literalmente, visceral. Gostei muito, e choca. beijo
Tenho inveja de como consegue sentir tanto e tão intensamente uma dor que não é sua.
Te amo amor.
Pqp detona fdp!!
hauahuhauhauhauh
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