Meu Bento, que ganha forma dentro do útero de sua mãe, havia passado o dia inteiro sem um movimento sequer, sem chutar, sem mexer, sem nada. Então, foi quando eu aproximei meu rosto da sua casa temporária, beijei, falei, até cantei pra ele, que ele começou a se movimentar, a chutar. Como se soubesse que era o pai dele que ali de fora dizia coisas bobas. Como se ele pudesse ouvir e entender que aquela voz era a minha, como se tudo aquilo que eu dizia fizesse sentido, como se já pudesse sentir meus beijos e meu abraço protetor. Uma forma de comunicação transcendental. Talvez tenha sido só a natureza agindo, afinal fetos são fetos. Mas, é impossível dizer que não fui tomado, de surpresa, por um sentimento bom que até então não havia experimentado. Meu menino que nem nasceu ainda, mas já me enche de alegria.
ps: o título dessa postagem, foi inspirado numa postagem do blog Bate-bola, do jornalista Rodrigo Piscitelli, intitulada 'um poema visual'.
6 comentários:
[Vinicius: os teus sentimentos exigem, urgem um momento único na tua vida; se for possível, assiste ao parto do Bento... e depois logo, logo falamos]
três imensos abraço,
Leonardo B.
Essa sensação é única e nos acompanha pelo resto da vida. Parabéns, papaes, lindo texto. Beijo.
(E essa manhã ele disse pra gente como o resto das coisas são tão pequenas perto de tudo isso que está acontecendo)
Amo vocês dois, meus homens.
Eu imagino que seja uma emoção indescritível...
Mas vc me emocionou com a tentativa...
beijo
amo vcs!!
ai !vc vai ver... é ainda mais gostoso ele estiver fora do útero!
boa sorte, daddy!
anita.
Ah, um sincero agradecimento.
de coração. espero poder dividir, desta forma com vocês, um pouco dessa sensação boa.
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