Morreu no último sábado (26) uma das mentes mais brilhantes da música popular brasileira, Lula Côrtes. O músico e poeta pernambucano construiu, ao lado de Zé Ramalho, um dos discos mais brilhantes de todos os tempos, o cultuado Paêbiru.
O que me deixa mais triste não é o fato de termos perdido Côrtes e sim o fato de ninguém nem ter percebido. Ninguém se deu conta de que, a marulhosa e única, mente de Lula foi pra nunca mais voltar. Enquanto a mídia repercute assuntos banais, diariamente, além de uma porrada de entretenimento de quinta, o gênio morreu no esquecido exílio dos grandes artistas brasileiros, os grandes artistas que ainda fazem alguma coisa nessa merda de nação valer a pena.
Contendo as lágrimas, encerro por aqui, triste e calado. Peço aos poucos que leem as porcarias que escrevo, para prestar homenagem ao velho Lula, com uma dose de conhaque e um cigarro. Sem mais. Descanse em paz, gênio, num lugar onde as almas geniais devem descansar, no limbo do lúdico. Espero que "qualquer dia desses a gente se encontre, pra bater um papo calmo, um papo calmo, pra ficar calmo".
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