quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pelas horas da madrugada


Levanto só,
corro pelas horas da madrugada
um deslize sorrateiro
até o banheiro
Lá, deixo, meu sangue e tripas
um estupro
Enquanto aguardo ansioso
o falir de meus rins
sou eu, o faquir de minha dor
Olho para meu vômito
com meu ar bucólico
e
admiro aquele símbolo da minha imperfeição
Pelas horas da madrugada
faço fogo e saio à caça
sendo assim,
sou eu
o fantasma que ainda me assombra
porém, já não assusta mais.

3 comentários:

dansesurlamerde disse...

eu ainda me assusto com meu fantasma.

Adriana Godoy disse...

Nossa, Paes...amei! Tão próximo de mim."sou eu o fantasma que ainda me assombra"...que sacada! Beijo.

Nátalin Guvea disse...

E essa foi as tantas da madrugada em Mongaguá.
Com o estomago na boca e uma caneta nas mãos.

Te amo benzinho.