quinta-feira, 21 de abril de 2011

Rosas sobre a cama

ela dispunha rosas sobre a cama
e velas que inflamavam o quarto
acendiam as trancas do tesão
que ela sorria
linda e leviana
enquanto eu me insinuava
num silêncio bandido
de quem nunca havia visto
tão unica beleza
que seduzia e consumia
os minutos que passavam
como se fosse o fim do mundo
ou a flora das galáxias
no segundo em que ela abria-se botão
e gemia hispânica
eu espancava seus medos
e afugentava a timidez
do espartilho
e dos segredos
que revelavam
tão brilhantes
a mulher
dos membros
que gozavam cores
numa eterna ejaculação
dos fogos
freios
feras
e fezes
que trincavam
em amor
a porcelana.

4 comentários:

Adriana Godoy disse...

Um ato sexual carnal, visceral, poético, recheado de rosas e porcelanas...Eta, Paes, forte isso, cara!

Dos melhores.

Beijo

dansesurlamerde disse...

um silêncio bandido...

gostei muito disso.

beijo.

O que Cintila em Mim disse...

E ficavam numa distância de febre...

Rodrigo Fernandes disse...

Forte, porém intenso, algo cósmico.
Gostei, parabéns!