v.m.paes
Assinava com sangue o meu nome nas paredes, as paredes que falavam comigo durante os meus sonhos solitários.
Eu gritava cada vez mais alto, mas as pessoas pareciam não ouvir minha voz, acelerava meu coração a cada grito, batidas rítmicas em meu peito, aquele som estranho não fazia pra mim o menor sentido.
Eu sou o homem-nada, que acorda sempre após o sol morrer, perdido, sozinho e morrendo.
Caminhei sorrateiramente, não queria incomodar, não queria nem brilhar, eu só buscava alguma paz, às vezes algum ombro, algum traço, rabiscado em qualquer papel, em qualquer pedaço.
Eu queria fazer algum sentido, quando o mundo não fazia sentido algum, tudo era nada, e nada era tudo o que eu tinha.
Lentamente eu me afundava num rio negro e sombrio, vezes num copo de vinho, vezes num corpo frio.
Eu sou o homem-nada, que acorda sempre após o sol morrer, perdido, sozinho e morrendo.
Construindo uma vida vazia a cada palavra citada, uma existência aleatória, entre calhamaços de papel, e muitos maços de cigarro.
Em silêncio eu grito, cada vez mais, e mais desesperadamente, mas as minhas paredes são surdas, e invisíveis assim como eu, somente a caneta me ouve, e me traça algumas linhas que ainda me permitem respirar.
A solidão me faz companhia, entre tantos ela tem sido a minha melhor amiga, a minha melhor amante, a razão dos meus versos, quase sempre infames.
Espero a hora certa, talvez por muita coragem, ou talvez por medo, na melhor das hipóteses esperança.
Eu sou apenas o homem-nada, que acorda sempre após o sol morrer, perdido, sozinho e morrendo, dia após dia, esperando na morte uma nova poesia.
Eu gritava cada vez mais alto, mas as pessoas pareciam não ouvir minha voz, acelerava meu coração a cada grito, batidas rítmicas em meu peito, aquele som estranho não fazia pra mim o menor sentido.
Eu sou o homem-nada, que acorda sempre após o sol morrer, perdido, sozinho e morrendo.
Caminhei sorrateiramente, não queria incomodar, não queria nem brilhar, eu só buscava alguma paz, às vezes algum ombro, algum traço, rabiscado em qualquer papel, em qualquer pedaço.
Eu queria fazer algum sentido, quando o mundo não fazia sentido algum, tudo era nada, e nada era tudo o que eu tinha.
Lentamente eu me afundava num rio negro e sombrio, vezes num copo de vinho, vezes num corpo frio.
Eu sou o homem-nada, que acorda sempre após o sol morrer, perdido, sozinho e morrendo.
Construindo uma vida vazia a cada palavra citada, uma existência aleatória, entre calhamaços de papel, e muitos maços de cigarro.
Em silêncio eu grito, cada vez mais, e mais desesperadamente, mas as minhas paredes são surdas, e invisíveis assim como eu, somente a caneta me ouve, e me traça algumas linhas que ainda me permitem respirar.
A solidão me faz companhia, entre tantos ela tem sido a minha melhor amiga, a minha melhor amante, a razão dos meus versos, quase sempre infames.
Espero a hora certa, talvez por muita coragem, ou talvez por medo, na melhor das hipóteses esperança.
Eu sou apenas o homem-nada, que acorda sempre após o sol morrer, perdido, sozinho e morrendo, dia após dia, esperando na morte uma nova poesia.
2 comentários:
' la marca en nuestra frente es la de caín '
Talvez você acorde um dia junto com o sol. Bj
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