quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Épico metafísico

A vida que se erguia, esguia
Esquiva-se dos olhares duros da Monalisa
A vida poderia parafrasear versos de tempo
Um brinde dos copos cheios de segundos
Ao declínio do império dos metazoários
Sobre as cabeças, um universo
uma lona bicolorida
para um espetáculo incolor

A vida caberia, só, apenas para delimitar os sentidos
fronteiras de palavras, risadas sem sabor
Edifícios de duas cabeças germinam na terra
Onde cabe eu e meus átomos
(numa explosão de prótons e elétrons)
Uma bomba disfarçada de coração
Todos os deuses estão no cio
Todos os loucos estão sóbrios
Frugalidade, brutalidade, insanidade
Há gatos no telhado, rato nos quintais
Parasitas invadindo meu corpo
Adentrando furtivamente através de meu ânus
(cobrando taxas de anuidades)
E assim, seguimos
amortizando o amor
dopados pelo calor do tédio

4 comentários:

Adriana Godoy disse...

Pôe metafísico nisso!!!!Putz, um poema que daria um tratado ...significados vários, os homens e os ratos e os metazoários. Gostei bastante dessa sua incursão metafísica. Pode continuar...
"A vida que se erguia, esguia
Esquiva-se dos olhares duros da Monalisa"
muito bom esses versos. Beijo.

Isabela Pizani disse...

Sobre o amor, a frase:

Cada um viveu segundo amou.

Nátalin Guvea disse...

Não nós.

Dopados pelo calor do amor
Mas ainda sim, tomando copos cheios de segundos que na verdade, são vazios.

Anônimo disse...

Sempre ele, quero ler algo original, venho cá...

As pessoas estão confundindo o amor meu amigo e você ainda da uma forcinha rsrs...

Se cuida ai pai...
Da uma olhada no resultado da campanha dos brinquedo Vini quando tiver tempo.
http://publicidadecomresponsabilidade.blogspot.com/

Abraços...