Dos meus dedos em movimentos
dedilhando o corpo escuro da noite
Das estrelas cortantes
rasgando minhas veias e jorrando meu sangue
Das sirenas nas ruas
atropelando pessoas, que agonizavam, atropeladas pelo tempo
De minha pele, desmanchando em vitiligo
como um camaleão se camuflando
Do meu cigarro
queimando a solidão de uma espera
Dos olhares, sobre mim, lançados
como grades cercando meus pensamentos
Da minha vida
que queria ser chamada de morte
Da minha morte
que queria ser chamada de liberdade
Da minha liberdade
que adotou o pseudônimo, loucura.
Quem sabe,
o que eu quero dizer?
quando na verdade não quero dizer, absolutamente, nada.
Isso não é prosa, nem poesia...
é apenas minha caixa de pandora
nada foi dito, são, apenas, palavras
um nada sobre o nada.
4 comentários:
mesmo sendo nada, eu gosto de abrir essa caixa.
beijo.
Paes, quem sabe vc não tá certo? quem sabe é isso mesmo, mas a caixa de pandora pode trazer grandes surpresas. Pirei e gostei. beijo.
invade-me com suas surpresas pandorificas(kkkkkkkkk) Voltei pra ativa... tava estudando muito !!! mas a saudade apertou! beijos
Quem sabe?
Ninguem sabe.
Eu não sei, você não sabe se sabe.
Talvez um dia, num sonho, você conte a você.
E a loucura triplique.
E as coisas façam sentido.
Ou o sentido seja sem sentido.
Mas quando abrir os olhos, estarei ao seu lado
Um beijo, meu marido.
Eu te amo.
Saiba disso.
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