quinta-feira, 19 de março de 2009

MANUAL DE ARITMÉTICA - primeira lição.




v.m.paes

Disseram

Não há nada mais exato que matemática

Ciência da sapiência faminta

Mais constante que qualquer gramática

Ou não.

Dois mais dois é quatro

Dois a dois elevado é quatro

Dois por si multiplicado também é quatro

Porém mais dois menos dois é zero

Nascem dois, morrem dois também é zero...

Afinal, morte? É somar ou zerar?

E se eu somar zero mais zero? Tem que ser zero, ou pode ser dois?

Zero...

Número infinito, sem sentido e significado

Que começa onde termina

Como se não tivesse ainda acabado

Número sem lados, nem redondo nem quadrado

O diâmetro nem sempre é o dobro do raio

Uma reta secante cortando-o de ponta a ponta

Um triangulo eqüilátero de base vezes altura dividido por dois

...e isso? Também dá dois?

...pensamentos são nada mais que poesia.

5 comentários:

Adriana Godoy disse...

Nossa! Adorei! Essa filosofia sobre o zero, sobre o dois, sobre o nada, o infinito. Sinto que vc se supera a cada poema. Beijo.

Vinícius Paes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciano Fraga disse...

Pensamentos e sentimentos não são jamais exatos, matemáticos, fisícos, talvez cosmológicos, gostei do filosófico zerar, abraço.

Nátalin Guvea disse...

Odeio números
haha
Mas amo pensamento livre.
E me perco nas suas poesias.

O meu erro é que eu choro, mas eu sei que as dores são ingredientes.
Não queria ser inerte a dor.
Mas se pudesse escolher...queria só saber o sabor do amor.
Que não é amargo e nem queima minha lingua.
Prefiro o zero.
do que 1534889789744565465456.

hahaa
vai entende!
bjo vinen!

Anônimo disse...

muito bom, v.m. paes!

lembra-me " a máquina de somar zeros" do efraim medina reyes