Lindas flores, tons de branco e amarelo
Nunca disseram nada
Nem saíram do lugar
No céu o sol de um novo amanhecer
Tão escuro feito as noites
Passaram quietas e lentas
Estirado sobre um gramado verde
Na boca sabor de terra
Na terra ficará, para sempre
Algumas lágrimas de quebra-silêncio
Alguns pedaços de quebra-cabeça
As lembranças provam que a vida passou
O preto contrasta com o branco do dia
Matiz singular
De morte e nascimento
Felicidade vestiu luto
Por toda a vida
Certeza fúnebre, única
Doses homeopáticas de esquecimento
O tempo passa e a dor adormece
O corpo alimenta os vermes
Rosas, tulipas, azaléias
Virão com menor freqüência
No final restarão pétalas ressacadas do tempo
Nada de julgamentos
O fim é o começo do avesso
O epitáfio dizia...
“aquele que não descobriu quem era”
4 comentários:
Show Vini s/comentários
esquecido huahuuua
ou, ta na hora de vc muda o nome do meu blog ai, no favoritos hemm
abraçoo
se cuida...
Muito bonito seu poema, bem trabalhado "O tempo passa e a dor adormece", mas às vezes, é melhor respirar outros ares que não sejam póstumos. Beijo.
Adriana, obrigado pela visita e pelo comentário. É bem mais fácil falar de morte do que de vida, a morte ao menos é certa.
O fim é o começo do avesso!
Bom demais V.
Eu prefiro falar de vida, mesmo porque é incerta!
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